Olá você do lado dai!

Sou a Lu, made in 90's, ilustradora e encadernadora nas horas vagas, escritora de gaveta e fotógrafa de aleatoriedades, viciada em pinterest, café, Harry Potter e BTS, buscando meu lugar nesse mundo louco. Tem uns textos meus por aí desde 2010 •⁠ᴗ⁠•

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A vida não espera você estar pronto para acontecer, ela simplesmente acontece e o tempo passa. Parece que foi ontem que fiz quinze anos e ouvia de uma professora que “dos quinze para os trinta é um pulo” e, que pulo não? A verdade é que passamos tanto tempos focados em trabalhar e alcançar o sucesso antes dos trinta que tanto nos é cobrado que esquecemos o verdadeiro sentido da vida, que esquecemos em sua maioria, de viver. Mas viver de verdade. Não nego que passei muito tempo sendo esmagada por essa pressão, de que deveria terminar o ensino médio, concluir uma faculdade, casar, arrumar o emprego dos sonhos e ter uma vida feliz e invejável antes dos trinta. 

Eu quase sufoquei. 

Quando passei dos vinte e cinco comecei a entrar em desespero, olhava para trás, para minha vida e percebia que não tinha feito nada de útil, nada de bom para o meu futuro, olhava os outros a minha volta e todo mundo parecia tão melhor que isso me deixava ainda mais desesperada. Tentei fazer faculdade três vezes. Três. E tive que quase afundar para perceber que não nasci para isso, faço parte daquela parcela que não tem vocação para ficar enfurnada em uma sala lotada de gente mal-humorada pós trabalho até às dez da noite escutando um professor falar, e falar, e falar.

E sabe de uma coisa?

Está tudo bem. Não é um diploma que determina se você é um bom profissional ou não. Posso não ter um diploma universitário, mas tenho os meus técnicos e diversos cursos e workshops que vivo fazendo, ser um bom profissional é isso, o quanto você se dedica a algo dentro dos seus limites, então, se você não quer fazer uma faculdade, não se sente a vontade com isso, não se sente bem, não faça. Percebi que o meu tempo não é o mesmo que o seu, que cada um tem um ritmo, que não somos robôs programados, e sim seres humanos repletos de defeitos e sentimentos confusos. Aprendi que você pode se perder aos vinte e seis — foram tempos sombrios, não há como negar — mas, que tudo passa e depois disso foi como se uma luz se acendesse aqui dentro. Aprendi que pessoas vão e vem, que nem todas são eternas e que tudo bem, você não precisa estar com alguém vinte e quatro horas por dia para se sentir completa, é preciso estamos bem connosco mesmos sabe? Eu não estou sozinha, tenho a mim e tenho buscado me amar mais se quer saber. 

Hoje, aos vinte e nove (completados sábado 15/05), com meus 90% carregados para a idade do sucesso tenho mais orgulho de mim, mais admiração por quem estou me tornando. Tenho me construído meu presente sem idealizar muito o futuro, vivido um dia de cada vez incluindo os mais difíceis. Me encontrei na arte e no design gráfico, é quem sou hoje — amanhã posso não ser mais — e tenho trabalhado nisso. Comecei a tirar projetos dos sonhos e passei a fazê-los acontecer, tudo com calma.

Parei de correr — ou estou tentando — contra o tempo, já percebi que não posso contra ele, a pandemia deixou tudo diferente, mas tenho feito e dado meu melhor com o que tenho a disposição e espero que você
da lado dai também. 

Mais um outono se passa. Mais uma chance que me é dada, de sonhar, lutar e viver intensamente. Obrigada de coração a todos que sempre estão por aqui, que sempre tiram um tempinho do dia para ler minhas palavras, vocês que me acompanham a anos, aprendi muito com cada um, acreditem e espero que possamos continuar juntos por muitos outonos ainda.

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