Olá você do lado dai!

Sou a Lu, made in 90's, ilustradora e encadernadora nas horas vagas, escritora de gaveta e fotógrafa de aleatoriedades, viciada em pinterest, café, Harry Potter e BTS, buscando meu lugar nesse mundo louco. Tem uns textos meus por aí desde 2010 •⁠ᴗ⁠•

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se importar é a maior hipocrisia

A vida tem dessas peças, essas que lhe pegam de surpresa e tiram-te do chão na maioria das vezes mesmo não sendo sempre as melhores. Ao longo desses vinte e nove anos aprendi que esperar demais dos outros é um caminho sem volta e um tiro no escuro, afinal nem sempre recebemos de volta aquilo que enviamos aos outros. Esses dias me peguei pensando em tudo que passei em relação à amizades  percebi que a minha experiência não foi lá a das melhores, parte por culpa minha e outra pelo fato de as pessoas não saberem lidar com os outros, e eu pensando que não sabia lidar com pessoas. Nos últimos anos vi mais pessoas indo embora do que ficando realmente e não sei ao certo há que se deu tudo isso afinal, no fim decidi parar de me importar e aceitar que se entregar é estar propenso a ser deixado independente da situação.

Estranho julgar a todos desse jeito, se é que se pode chamar de julgamento, porem no fim tudo que buscamos é nossa paz de espírito mesmo que para isso seja melhor nos esquentar no vazio de nossa solidão. Amigos. Uma palavra tão pequena com um peso muito grande, aprendi a contar nos dedos com quem realmente posso contar e me surpreendi com a resultado. Definitivamente estamos sozinhos no meio a multidões que se perdem em meio a redes sociais e vidas perfeitas, de modo a fugirem de quem realmente são. Quem são? Isso não cabe a mim dizer, só posso concluir que percebi que essa não era a vida, ou o meio ao qual eu queria pertencer.

Já fui dessas que coloca a máscara da perfeição todos os dias e sai como se tudo fosse normal. Talvez eu ainda faça isso, mas de uma forma diferente. Prefiro a máscara da indiferença, afinal, você saber o que se passa comigo não vai amenizar o peso muito menos a dor em alguns casos. Às vezes dói devo dizer, mas aprendi que faz parte e mesmo sabendo o fim que alguns relacionamentos podem levar me pego acreditando que dessa vez será diferente, como eu disse se envolver é estar propenso a ser abandonado. Abandono. Acho incrível o talento que algumas pessoas têm de ligar o f*da-se para você, mas quando você liga para elas soam como se o mundo tivesse acabado, aquele velho clichê hipócrita pense em você em primeiro lugar e quando o faz te tratam como a rainha má de Branca de Neve. Hipocrisia. Uma palavra pesada de uma dura realidade, mas o que posso fazer se é assim que sou, se é assim que vocês são. Se importar é a maior hipocrisia que podemos cometer e nossa maior virtude também, afinal, lá no fundo ainda somos humanos e gostamos de acreditar no melhor do outro mesmo que ele não mereça às vezes.

No fim somos refém do acaso e do destino.

Destino esse que podemos mudar quando bem-quisermos, mas que já está escrito há muitos anos, vai entender não é mesmo. Tudo se transforma em palavras de dor e decepção, sem caráter ou qualquer credibilidade. Palavras. Nós resumimos a isso, palavras sem alma e sem coração. Como se falar com a alma fosse se expor de uma forma que não gostaríamos de ser conhecido. Nosso segredo. Nossa podridão. Tudo ficou confuso, eu sei, mas só que às vezes sinto essa vontade crescente de sair escrevendo tudo que vem a cabeça como uma forma de aliviar a pressão da água que cai aqui dentro, na esperança de não transbordar qualquer dia desses, pois no fim é assim que vivemos, como medo de que tudo venha a tona sem que tenhamos a chance de se preparar.

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